segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Blogue Seguinte

O blogger, sistema que uso para gerir este vosso blogue adorado, tem funcionalidades comó caralho e como é óbvio não sei para que servem metade delas, há umas horas carreguei num botão que dizia "Blogue Seguinte" e fui parar...ao blogue seguinte!

Ao contrário do que pensava este não é o único blogue na internet, e existem muitos mais, alguns deles com azar de serem vizinhos do Blogue do António, e que agora vão ter espaço aqui, semanalmente, mensalmente ou quando me apetecer. Carrego no botão e sempre aparece um diferente, 3,2,1


Tcharammmmmm!!!!

http://2pontosparagrafotravessao.blogspot.com/

Este bloguinho é só para convidados, se calhar metem fotos de putos nús, estes panascões do caralho! De que serve ter um blogue se não for para me armar em bom ou para insultar alguém?
Ah António!, dizem os correctos, o blogue serve para mudar mentalidades e para a intervenção social!
Sim Sim, insiram no google as seguintes palavras "Anões Luvas de Borracha Pónei Loura Transsexual Espanador Dicionário de Literatura" e vejam o nível moral da internet!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O intelectual Português

Quem nunca fez troça de alguns "tipos" de portugueses que pela sua linguagem, hábitos ou estranheza no trajar, fazem as delícias dos comediantes e mesmo da populaça em geral?
Recordo-me assim de repente do "toni" com a unha grande e o fio de ouro, do tótó da informática, da mulher de buço imortalizada pelo Herman José, dos tipos do Hip Hop, dos Zés Manéis do Tunning, entre tantos outros que podia ficar aqui o resto do dia.
Engraçado como temos sempre a espingarda carregada contra estes que falei, que nos esquecemos dos maiores cromos que alguma vez vaguearam pelo condado Portucalense, os intelctuais Portugueses.
Repare amado leitor, como não me fico só pelo intelectual, mas como acrescento o "Português", porque ao contrário dos tipos que falei acima, que devem ser cromos em qualquer parte deste planeta, até na polinésia, o Intelectual, tem especial incidência de cromice em Portugal.

O intelectual Português divide-se em várias subspécies, que eu ao estilo da Margaret Mead, prontamente vou identificar:


Intelectual Cinéfilo - Escrevem criticas de cinema, para os jornais ou na internet e partilham um ódio inexplicável contra todo e qualquer cinema feitos nos EUA e com mais de 50 pessoas por sala.
Se o filme for sobre três iranianas a comer fezes de cavalo enquanto analisam Camus, o filme é brilhante e descobre a essência do homem, caso contrário é apenas lixo comercial.
As criticas referidas raramente se dirigem aos comuns mortais, sendo normalmente para outros criticos de cinema, numa disputa para saber quem é o maior cromo de cinema e bateu mais pivias a ver filmes portugueses.
Quero encaixar aqui também os realizadores nacionais, sempre prontos a atacar a política cultural em Portugal, mas sempre de mão estendida para o ICA, empenhados em produzir uma verdadeira diarreia de imagens, e nunca jamais. ultrapassar os 1000 espectadores por filme.

Intelectual comediante - A razão porque antes do António, nunca ninguém se tinha referido ao Intelectual Português como um tipo de cromo, é que também uma boa parte dos comediantes são uns grandes cromos e não fazem chacota dos seus semelhantes.
Quero deixar aqui o exemplo do comediante Irreverente, mas que vende o cu à PT assim que lhe acenam com massa e o comediante retro, que vive de relembrar as merdas que todos (com mais de 30 anos) sabem e querem esquecer.

Intelectual da Música - Tem especial tendência para a paneleirice e para a obesidade.
Sofre de males idênticos ao Intelectual Cinéfilo, com a agravante que ainda nos bombardeia na Rádio, tudo o que não seja música feita no burundi ou na Roménia por 2 tipos paralíticos a bater em latas de lixo, não passa de barulho capitalista enlatado feito para as massas ignorantes.

Intelectual da política - Normalmente de esquerda, mas também existem de direita, gosta de óculos grossos, de andar desempregado e está contra tudo e todos, o bloquista/comunista gosta de uma boa nacionalização e greve, qualquer gajo que decida trabalhar e contribuir para o estado é um porco burguês cheio de previlégios.
Os de top vivem no bairro alto e apesar de serem uns meninos benzocas, gostam muito de opinar sobre as dificuldades dos portugueses, as femeas usam franjas ridiculas e os "machos" tal como o Intelectual da Música (ver acima) têm um gosto especial pelas enrrabadelas.
Alguns também têm blogues mas não se comparam ao blogue do António.

Intelectual das Artes & Letras - Junta o pior de muitos outros intelectuais, estuda durante anos merdas que não servem para nada (história comparada, Literatura Mongol, Design etc etc.), quando finalmente decide procurar emprego, com 32 anos, admira-se de só lhe oferecerem estágios e recibos verdes.
Gosta de um bom subsídio (tal como o intelectual cinéfilo) e quando as coisas dão para o torto, torna-se um intelectual da política, na vertente bloquista/comunista.

Intelectual da função pública - Tem cursos e formações que nunca mais acabam, porque o estado dá licenças sabáticas de luxo que estes cabrões e filhos da puta aproveitam ao máximo.
Como ganha bem, publica livros do próprio bolso que oferece aos amigos mama-na-picha em festinhas suburbanas deprimentes que dá na sua casa.

Existem muitos mais, mas por agora fico-me por estes.

Vitórias e Derrotas

Uma das coisas mais importantes que aprendi na vida foi a perder,sou a soma de todas as minhas derrotas como dizia o velho samurai no filme do Akira Kurosawa "Os Sete Samurais".
Numa sociedade de vencedores e de campeões, parece absurda esta arte da derrota, quem quer ser um perdedor? Já dizia o falecido Freddy, "no time for loosers", mas aqui o António quer continuar a ser um perdedor.
Será a vitória boa? Quase nunca.
A vitória ilude-nos, a vitória faz-nos pensar que somos melhores do que realmente somos, a vitória atrai falsos amigos, bajuladores, oportunistas, a vitórias torna-nos moles, distraídos, mas mais importante que tudo, nada se aprende na vitória.
Pelo contrário a derrota, torna-nos melhores, quando tudo corre mal, só os verdadeiros amigos ficam, a derrota ensina e corrige, a derrota prepara-nos e fortalece-nos.
É perante a derrota e não a vitória, que o caracter é testado, que o melhor de nós vem ao de cima, a Argentina foi derrotada contra a Alemanha neste último mundial e Carlos Tevez e restantes jogadores argentinos, não culparam ninguém, "não há dedos a apontar", perdemos, já os Portugueses em situação idêntica, procuraram culpados, foram mesquinhos e reles.

Perder é o único caminho para a grandeza, o cientista falha 1.000 experiências antes de encontrar a cura, o poeta rasga 1.000 folhas antes de escrever os Lusíadas, o tenista perde 10 torneios mas vence Wimbledon.
Pelo contrário um caminho de vitórias pode empurrar-nos definitivamente para o precipicio, Napoleão teve Austerlitz e tantas outras, mas no final Waterloo acabou com ele.

Não quero com isto afirmar que a vitória não deva ser procurada, mas ela serve-nos muito mais como partida de como chegada, e nesse caminho as derrotas são degraus essenciais.
O culto do sucesso sempre existiu e em todas as sociedades, no entanto, as derrotas são sempre ignoradas e esquecidas, o que é pena, pois são esses os exemplos que melhor nos servem.