terça-feira, 25 de maio de 2010

Um dia à anos 80 - Parte 1

O Revivalismo dos anos 80 dominou a cultura pop na década passada (2000-2009) e parece não abrandar na alvorada desta nova.
Desde a roupa, aos programas de rádio, os "eighties" estão mesmo de volta, e por muito que me recordem dos bons tempos da infância, a verdade é que o António nunca foi muito dado a saudosismos, com a agravante que a recuperação de valores e tendência culturais de épocas passadas, normalmente fazerem-se à custa da inovação e da criação de novas ideias e correntes.
Também fico supreendido com as pessoas mais jovens que aderem a este revivalismo, apesar de provavelmente terem nascido muito depois do último episódio do Dallas, e quando se olha para trás, temos tendência de olhar para o lado glamoroso dessa década, um pouco como as feiras medievais que só mostram os cavaleiros e donzelas, e acho que é isso mesmo que nos deixa tão fascinados!

Acho que chegou a altura de um encontro com a realidade e por isso, tomei a iniciativa de cortar as ligações com o século XXI durante o dia de hoje (com a excepção deste blogue), ou seja, farei uma viagem aos longínquos anos 80, e no final veremos as saudades que eles deixaram...



6:15 da manhã - Levantei-me uma hora mais cedo que o normal. Porquê? Porque estamos em 1987 e a rede de transportes é completamente diferente da actual. Segundo o gestor da frota de autocarros da minha zona, há 23 anos só haviam metade dos autocarros que existem hoje, daí que tenha de ir mais cedo para a paragem.

7:45 da manhã - Perdi propositadamente o primeiro autocarro que passou (não existiria em 87) daí que tenha ficado à espera uns 25 minutos na paragem. Foda-se estava a chover!


8:15 da manhã - Vou apanhar agora o barco, quinze minutos antes da hora habitual (não esquecer que me levantei uma hora mais cedo).
Chego a lisboa e paro 15 minutos no terminal, estarei louco? Nada disso, o barco em 1987 levava 30 minutos a atravessar o rio, como o barco actual só leva 15 minutos, tive de compensar o restante. Quando acaba a espera, estou exactamente no horário normal, a hora que ganhei por me levantar mais cedo, já era.


8:45 da manhã - Vamos apanhar o metro? Not. Em 1987 não haviam as duas primeiras estações do metro (Terreiro do Paço e Baixa Chiado) logo vou ter de ir de autocarro para o Marquês.

9:15 da manhã - O Autocarro leva mais do dobro do tempo do metro, cheguei ao trabalho mais tarde que a hora do costume, ainda por cima com menos 1 hora de sono, o que dá 5 horas por semana e 20 horas por mês. Nos anos 80 não se dormia muito...

To be continued...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Notícias do António

É de bom tom ter umas notícias no blogue de vez em quando.


O Malaui é fodido!

No Malaui não se brinca, no Malaui não há Malatos em tronco nu, isto porque este país Africano proibe a homosexualidade.
Dois cavalheiros decidiram fazer um casamento gay ficticio e por causa da brincadeira vão mamar 14 aninhos de prisão com trabalhos forçados.
Se pensarmos bem no assunto, a prisão é muito mais gay friendly que qualquer hotel, violações em grupo, sexo anal até dizer chega, um matulão que te torna na sua bitch etc.
Mas então, se isto não é castigo, no que consistem trabalhos forçados para condenados gays?
Cá para mim são obrigados a massagar seios de top models o dia todo...


O Regresso do Ninja Australiano

Devo ter visto todos os filmes de ninjas alguma vez feitos e angustia-me um pouco que tenham desaparecido de cena, contudo, muito me alegrou a notícia sobre 3 ninjas autralianos que impediram um assalto!
A Australia, que é um país como deve de ser, tem escolas de ninjas, e estes quando saiam do seu treino diário, viram um jovem a ser assaltado. Como bons ninjas que são deram uma coça nos ladrões.
O pesadelo de qualquer ladrão é ser capturado por um ninja, que mete sem dúvida, muito mais medo que um polícia. Quem precisa de pistolas quando tem matracas?

Project Runaway à portuguesa

Pensavam que o António não se interessava por moda? Enganam-se.
Nas américas existe um programa dedicado a jovens estilistas que competem por uma lugar na alta moda.
Escusado será dizer que é uma concentração de bichas maior do que na prisão da notícia anterior, sendo que a bicha mor é o Sr. Tim Gunn, o estilista gayzolas (claro!) que apresenta o programa.
Como irá ser feita uma versão portuguesa, agora procuram um Tim Gunn à portuguesa...o que parece ser muito difícil.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

República da Catalunha

Com as viagens de baixo custo, muitos têm sido os tugas que já deram uma passeata até Barcelona, é a viagem do pobre que o António já teve o prazer de fazer.
Quando partilhei a experiência com outros, estes derreteram-se em elogios à cidade e à Catalunha em geral. É a cultura, são os museus e o Dali, são as gajas e a bola, a Catalunha é que é, e como tugas que somos, logo se segue a inevitável comparação com Portugal. "Estão 20 anos à nossa frente" dizem uns, "São muito mais cultos que nós" dizem outros, "A Catalunha dá-nos 10 a 0" dizem os futeboleiros.
Gostei bastante de conhecer Barcelona e ganhei alguma admiração pelos Catalães e pela sua cidade, no entanto acho que ao longo dos anos tem sido criado um verdadeiro mito da Catalunha e que já se tornou bem maior que a realidade.
Vamos aos factos, a Catalunha faz parte da Espanha, é uma provincia de Espanha, e lá fala-se espanhol, o Catalão é um dialecto local, nunca passou disso.
A Catalunha não é um país e não tem povo, os catalães são espanhóis e as fronteiras da Catalunha são as fronteiras de Espanha. A Catalunha não tem cultura, tem subcultura, ou cultura regional ou o que quiserem chamar, a cultura da Catalunha é a cultura de Espanha.
E para os que fazem as comparações da praxe, a Catalunha falhou onde Portual foi bem sucedido. Portugal é um país, a Catalunha não, Portugal é um República há 100 anos, a Catalunha ainda sonha com ela, Portugal é uma nação há 9 séculos, a Catalunha, foi-o por breves instantes da história.
Os Catalães são republicanos no café, e monarquicos no papel, matavam para ter o nós portugueses temos. Este canto que tem um rating internacional baixo, já se defendeu de César e de Napoleão, por isso meia duzia de calvos de Wall Street não nos deviam assustar. Nós recuperámos a nossa independência em tempos e os Catalães perderam a deles para sempre.
Nós descobrimos o mundo e os Catalães ainda procuram a sua própria identidade.
Caro leitor, quando amanhã sair do aeroporto em direcção a Barcelona, nunca se esqueça que partiu de um país e vai voltar a ele, mas só vai visitar uma cidade e uma provincia.