Vamos todos morrer! 10.000 mortos previstos só em Portugal! Plano de contigência! Campanha de vacinação mundial!
Quem não se lembra destas frases nos media, de um passado tão recente e ao mesmo tempo tão distante, o terror que se aproximava, a tenebrosa gripe A.
Escolas fechadas, conferências de imprensa com o Sr. Francisco George (o delegado de saúde com um ar fofinho), as reportagens, a emoção!
Agora que a poeira, assentou, lá vem o inevitável saldo, ou seja nada, a montanha pariu um rato (constipado), morreram meia duzia de infelizes, e outros tantos por esse mundo fora, mais ou menos 2 meses de acidentes nas estradas portuguesas.
Começa agora a época da caça ao culpado e todos os dedos apontam para a indústria farmacêutica, os media reposicionam-se e agora em vez de profetas da desgraça, são os defensores do erário público, os juizes que condenam o chamado roubo do século.
Ao contrário do que é a opinião geral, não creio que a culpa seja da indústria farmacêutica, então quem é que queimamos na fogueira?
Os governos? Claro que não, foram levados na onda populista, e não tiveram outra hipotese senão a compra massificada de vacinas.
Qual era o primeiro ministro ou presidente que queria ficar conotado como o sovina que não comprou um zilião de unidades do Tamiflu?
Os laboratórios? Sem dúvida que pressionaram os primeiros a comprar as vacinas e com isso ganharam milhões, mas não foram eles que criaram a necessidade paranóica das mesmas.
Então foram os media! Nada disso, os media divulgaram aquilo que os verdadadeiros culpados queriam ouvir e ver, sim porque o culpado é você caro leitor e eu, e todos nós.
Os culpados são toda a população mundial, em concreto a dos países desenvolvidos, uma populaça paranoica, alarmista, assustadiça, crédula e medrosa.
Pais aos gritos à porta das escolas, homens e mulheres adultos que entupiram as urgências dos hospitais ao primeiro espirro, e aos quais todos os canais de tv e jornais deram o maior protagonismo.
Gostamos de pensar que estamos muito evoluidos, mas por vezes não passamos de chimpazés com telemóveis e internet, pensamos que os tempos da "coisa má" ou do "ar que lhe deu" já fazem parte do passado mas continuamos igualmente estupidos, com a agravante que agora temos acesso a muita mais afirmação e tinhamos a obrigação como sociedade de ter feito muito melhor.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário