terça-feira, 20 de julho de 2010

Serviço Nacional de Saúde

O nosso pobre e esfarrapado SNS é das coisas que mais criticas recebe, o povo critica, os políticos criticam, os médicos criticam, todos malham no sistema de sáude gratuito implementado em Portugal, e na verdade não sem portado muito bem, são as filas de espera, são os doutores trombudos enfim, já teve dias melhores.
Para quem vive no cantinho penisular, nem lhe passa pela cabeça ter cancro e o hospital recusar-lhe a quimioterapia, nem imagina o que é ver-lhe negada uma consulta por falta de seguro, mas isso existe, em muitos paises do mundo e alguns do chamado "primeiro mundo".
O SNS é um dos maiores beneficios que temos por sermos portugueses, é mau? Se calhar, mas também é gratuito e chega a todos, muitos são os que disparam os argumentos do costume "Na Suiça é que há bons hospitais!", mas sem seguro morre-se à porta, "nos EUA existe tecnologia de ponta", quem não está abrangido definha em casa...
A cambada quer ver o SNS cair, querem enterra-lo melhor do que o Tony Soprano faria, com cimento no fundo do Tejo, cortado às postas num buraco etc.
E porquê? Porque o lobby da banca e das seguradoras quer a implementação e crescimento dos sistemas privados, é o Fédis e a Medicock, sistemas manhosos,caros, cheios de alineas e letras pequeninas.
O Povo responde, "eu já fui tão bem atendido no hospital do PUFF!", mas quando as coisas dão para o torto, lá vêm as letras pequenas, as tias vão parir ao privado sem saber que só a MAC tem certos equipamentos de urgência.
É os médicos? Os Médicos portugueses tornaram-se uns patifes, e são eles o carrasco do SNS, são meros delegados comerciais das farmacêuticas, cumprem por favor o serviço público, sonhando com os balúrdios do privado.
Combatem os genéricos, defendem a sua corporação limitando ao máximos a entrada de novos médicos na profissão (mais médicos = mais consultórios = mais concorrência), uma das mais nobres profissões do mundo decaiu até à lama.
Chegará o dia em que choraremos sangue pelo SNS, o dia que que para levar uma injecção teremos de ter um seguro e onde a saúde será um negócio ainda maior do que já é, de tanta asneira que a nossa constituição tinha, o "tendencialmente gratuíto" era uma luz ao fundo do túnel, e no futuro quem não tiver abrangido, verá mesmo essa luz, mas por outras razões.

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